O GOVERNO DE CRISTO SOBRE OS PENSAMENTOS
"... seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4.8).
Deus nos fez com a capacidade de pensar. Estudos científicos revelam que uma pessoa adulta tem de 40 a 60 mil pensamentos por dia.
A beleza do pensamento é explicada pela biologia como resultado de neurônios estimulados no sistema nervoso que processam e transmitem informações
por sinais eletroquímicos. Mais que isso, o pensamento é o campo em nosso cérebro onde recebemos e processamos as informações do mundo exterior, refletimos,
meditamos, julgamos, planejamos.
É aí onde nossa opinião é desenvolvida e estabelecida, realizamos análises e sínteses, exercemos o uso de categorias como "verdadeiro" ou
"falso", "certo" ou "errado". Nele nascem as idéias, conceitos, abstrações, onde conhecemos e reconhecemos as coisas e pessoas e as relações que elas têm entre si.
O pensamento dedutivo vai do geral ao particular; o pensamento indutivo vai do particular ao geral; o pensamento analítico consiste
na separação do todo em partes que são identificadas ou categorizadas; o pensamento sistêmico desenvolve uma visão complexa de múltiplos elementos
com as suas diversas inter-relações; o pensamento crítico avalia o conhecimento. Isso só para citar algumas facetas dessa grande capacidade dada pelo Criador,
que inspirou o filósofo e matemático francês René Descartes quando disse: Penso, logo existo!
O pensamento é considerado por muitos a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e idéias revela justamente nossa vontade.
Ele precede e determina a ação física, as palavras, as decisões. Daí porque o pensamento faz a grandeza ou a pequenez do homem.
Acontece que o pecado introduziu a corrupção do pensamento. O que é belo e maravilhoso torna-se maligno e perigoso.
Até hoje as pessoas estão contaminadas e corrompidas, "os seus pensamentos são pensamentos de iniquidade" (Isaías 59.7b),
"maquinam o mal" (Provérbios 12.20; 14.22) e não tem discernimento moral e espiritual, levando o profeta a dizer: "Até quando coxeareis entre
dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o" (1 Reis 18.21).
Podemos até encobrir aos outros o que pensamos. Diante de Deus, contudo, acontece a denúncia do pensamento,
pois é o Senhor que "declara ao homem qual é o seu pensamento" (Amós 4.13a), "esquadrinha o coração e prova os pensamentos" (Jeremias 17.10),
"conhece os pensamentos do homem, que são pensamentos vãos" (Salmos 94.11; 1 Coríntios 3.20).
Jesus conhecia plenamente os pensamentos das pessoas e
os denunciava (Mateus 9.4; 12.25), pois veio "para que se manifestem os pensamentos de muitos corações" (Lucas 2.35) e para "julgar os segredos dos homens" (Romanos 2.16).
Sabendo que "nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido" (Lucas 12.2) o salmista fez a consagração
dos pensamentos a Deus, dizendo: "Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos" (Salmos 26.2); "de longe penetras os meus
pensamentos" (Salmos 139.2); "sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos" (Salmos 139.23).
No mesmo sentido, o apóstolo Paulo nos ensinou que devemos levar "cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10.5).
O resultado da entrega completa será a "renovação dos pensamentos" (Romanos 12.2) pela palavra do Senhor - nosso capacete da salvação - que,
junto com o escudo da fé, apagam todos os dardos inflamados do maligno lançados contra nossa mente (Efésios 6.13-18).
"Nós temos a mente de Cristo" (1 Coríntios 2.16).
Importa que Ele governe a nossa mente! Afinal, "os pensamentos do Senhor são profundos" (Salmos 92.5), "preciosos, em grande número" (Salmos 139.17),
"bem mais altos" (Isaías 55. 8-9), "de paz e não de mal, para nos dar o fim que desejamos" (Jeremias 29.11).
"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4.8).
Autor: Rodolfo Garcia Montosa
Fonte: www.institutojetro.com
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